Lá atrás, quando a gente é bem pequenininho, acredita em tudo... Que Papai Noel existe, que o Ovo da Páscoa é trazido pelo Coelhinho, que a Fada do Dente traz uma moedinha em troca do nosso dentinho (que deve estar devidamente colocado embaixo do travesseiro!), que no fim do arco-íris tem um pote de ouro, que um beijinho da mamãe fazia sarar mais rápido o nosso "dodói", que a gente podia voar igual ao herói da TV (mas precisava mascar o chiclete que ele mascava, é claro!)... Enfim, tudo era cor-de-rosa na vida da gente - em termos.Bem, em termos pois, além dessas coisas maravilhosas, também acreditávamos no bicho-papão, nas bruxas, nos monstros que habitavam nossos armários, e em tantas outras coisas que povoavam nossa imaginação... E mesmo assim, era maravilhoso ser criança. Mas a gente nunca se contenta, não é? Quer sempre crescer logo, ser adulto logo, mandar em nosso nariz logo... Àh, se soubéssemos quão difícil é ser adulto! Passamos uma infância inteira querendo crescer, e uma vida inteira querendo voltar a ser criança... Pois nossos problemas quando crianças, apesar de parecerem gigantescos, não machucavam tanto quanto os de agora. Nossos medos eram tão minúsculos perto dos de hoje! E podíamos sempre correr pros braços da mamãe ou do papai...
Àh, mamãe e papai... Personagens guerreiros! Salvadores do mundo! Quem dera eles pudessem fazer algo agora...
